Sem união, não haverá solução. A colaboração abre promissoras frentes no mundo semeando a esperança de mudança, igualdade e solidariedade.
De Jesse Owens a Rayssa Leal, o esporte Olímpico cumpriu uma saga monumental, sempre confrontando o homem e seus limites. Através das cenas de esportividade, de solidariedade, de protesto e desafio, manifestos por vários atletas ao longo destes jogos, a humanidade é representada na retomada da jornada rumo ao seu inexorável destino – a harmonia e a igualdade. Sabemos que os gestos destas meninas e meninos provocarão novas formas de reacionarismo e coerção, principalmente por parte da cartolagem das federações e da jurássica direção do COI. Mas estas brincalhonas crianças não estão de brincadeira no seu enfrentamento dos vícios causadores da exploração e do atraso.
Nos últimos anos, o mundo assiste uma aceleração do desequilíbrio na distribuição da riqueza global. Enquanto o topo da pirâmide econômica vive uma prosperidade inédita, as demais camadas experimentam perdas monumentais. Agruras pré-existentes foram aceleradas pela pandemia que causou um desemprego recorde e empurrou milhões de trabalhadores para a informalidade. Muitos deles estão buscando no empreendedorismo uma fuga destas dificuldades e do desemprego.
Embora empreender não tenha como ser uma solução imediata para todos, este crescimento fara fortalecer a classe empreendedora no universo econômico e isso já é muito promissor. Principalmente, se os exemplos vistos no esporte olímpico ganharem espaço no mundo dos pequenos negócios. Ninguém mais do que o empreendedor detém tantas possibilidades para inovar em soluções que sejam resposta para os imensos desafios que temos na economia. Isso pode ser iniciado com o empreendedor pensando em como seus propósitos e iniciativas podem ser conectados aos de outros empreendedores e empreendimentos visando o atendimento de necessidades, oportunidades e demandas que a nova realidade socioeconômica dinamizará nas bases da sociedade brasileira. Para reduzir a carência ali existente e ainda rejuvenescer a economia, precisaremos de catalisadores de mudança efetivamente conectado, alinhados e decididos a transformar o ambiente onde se inserem.