Acessibilidade Digital

Estudo britânico sobre a acessibilidade digital alerta para os impactos das mudanças em curso sobre a educação e a empregabilidade.


Um estudo realizado no Reino Unido constatou que o acesso digital da metade dos jovens ingleses foi limitado ou insuficiente para suprir às exigências digitais provocadas pela pandemia. Essa apuração, ocorrida em um país como a Inglaterra onde a educação é uma prioridade universal, agiganta a gravidade esperada para a dimensão desse impacto em países, como o nosso, onde a educação não é tratada com igual determinação.

O estudo vai além quando conclui que a pandemia definitivamente fez com que a alfabetização digital se igualasse em importância, para o educando, às habilidades de se saber ler e escrever adequadamente. Mas a preocupação não se restringe aos em fase escolar. Olhando melhor, constatou-se que muitos dos jovens que ingressam no mercado de trabalho não reúnem as habilidades digitais esperadas pelas empresas para o desempenho das atividades profissionais que lhes serão cabidas.

Durante a fase mais aguda da pandemia, quase um terço dos lares britânicos viveu uma rotina onde a utilização dos computadores, com propósitos profissionais ou educacionais, acontecia na forma de rodízio com expresso prejuízo para todos – nas famílias mais numerosas, era preciso eleger qual criança iria frequentar a aula online a cada dia. Entre aqueles com idade entre 18 e 24 anos, 50% deles tiveram de compartilhar um dispositivo agravando tremendamente as dificuldades existentes naquele momento para o acesso à formação e/ou ao trabalho.

Os reflexos dessa carência são notoriamente percebidos pelo governo inglês que não obtém da população a resposta por ele esperada para os esforços empreendidos para a migração do atendimento ao público para o meio digital. Observação reforçada pela constatação de uma crescente queda nos pedidos de geração ou renovação de documentos, de requerimentos em geral ou no cumprimento de obrigações tributárias ou sociais.. Prova disso – 19% dos entrevistados declararam ter perdido acesso aos serviços públicos essenciais, após a mudança dos mesmos para o modo online.

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