O Metaverso já não é mais apenas uma abstração tecnológica – o universo paralelo já é uma realidade no agora.
A expressão “metaverso” já está na moda mesmo muita gente ainda não fazendo ideia do que ele seja. O metaverso é considerado o mais recente horizonte da tecnologia digital e está sendo construído para ser um universo paralelo virtual. O termo vem da combinação da palavra “meta” (do grego “além”) com a palavra verso e “universo” e foi cunhado em 1992 no romance “Snow Crash” de Neal Stephenson para denominar um universo criado por computador. Mas o universo só pode ser visto mesmo como possibilidade após a criação da Blockchain que viabilizou fazer da internet uma imensa inteligência virtual. Só com essa inteligência seria possível criar e gerenciar um universo artificial onde as pessoas reais se personificarão em avatares ou hologramas para viver, conviver, socializar, amar, viajar, consumir e até trabalhar virtualmente.
Qual a possibilidade mais radical hoje imaginada para o metaverso?
Hoje o trabalho está se transformando para acomodar o home office como uma realidade que se amplia entre nós. Mas, com o metaverso, o fluxo se reverterá novamente e nós retornaremos ao ambiente de trabalho. Só que retornaremos virtualizados para trabalhar em ambientes de organizações que também serão virtualizadas!
Fronteiras
No metaverso o tempo e a distância deixam de ser as barreiras que são no mundo real e isso muda muita coisa. A concomitante colaboração, a interação das “pessoas”, a onipresença dos fatos e das ideias, promovera um caldeirão de um conteúdo tão diverso e de uma dinâmica tão intensa, que até fica difícil delimitar as fronteiras ou os desdobramentos tecnológicos que dele virão.
Economia
As criptomoedas dominarão o metaverso, por mais que isso desafie o Sistema Financeiro Internacional. Além disso, os novos produtos e serviços destinados ao metaverso deverão provocar uma reordenação da economia e a explosão do e-comerce. As tecnologias VR/AR (realidade virtual e realidade aumentada) permitirão o surgimento de novos conceitos com uma avalanche de produtos destinado a virtualidade.
Negócios
Desde novembro de 2021, o antigo Facebbok se tornou o Meta. Foi o próprio Mark Zuckerberg que fez o anúncio do rebranding da empresa. O Meta é uma evolução da mídia social onde as pessoas poderão se conectar, realizar negócios, jogar, fazer compras, se divertir ou, literalmente, promover experiência inimagináveis usando as mais recentes tecnologias VR/AR. A Microsoft também está avançando para desenvolver seu metaverso cujo pontapé foi dado pelo “Mesh for Microsoft Teams”. Mesh for Microsoft Teams é um meio de comunicação que permite às pessoas interagirem mas holograficamente.
Medicina
Em vista do que já se faz atualmente, a medicina será uma área que o metaverso transformará sobremaneira. A AR/VR tanto promoverá uma significativa evolução dos recursos para o fortalecimento das habilidades dos profissionais da saúde, quanto possibilitará que a melhor e mais moderna medicina esteja remotamente presente em qualquer lugar onde for necessitada.
Riscos
As sérias fragilidades já existentes no mundo digital estabelece que a segurança cibernética será o maior desafio do metaverso. Especialistas afirmam que metaverso nasce vulnerável ao roubo, à fraude, à extorsão, invasões e toda a gama de crime digitais. E essa não é uma realidade que nasce com ele, mas que se agrava com a sua chegada.
A população do metaverso já começou. Esta é mais uma maravilha que presenciaremos e que conduzirá a humanidade a uma nova realidade tecnológica. Isso nos excita, mas também precisa nos alertar. Mesmo sabendo que a capacidade de recusar um prazer em nome da prudência não faz parte das nossas prioridades, devemos tentar nos conter diante deste novo mundo onde a cautela, por muito tempo, ainda deverá prevalecer sobre o deslumbramento.