Uma indesejável novidade chega para agravar os riscos decorrentes do uso dos teclados mecânicos. Agora, eles se tornaram perigosos fofoqueiros.
O mouse e o teclado fazem a linha de frente das adversidades e riscos que nós usuários enfrentamos quando estamos ao computador. As ameaças vão da saúde do usuário à integridade dos nossos sistemas e dados e nós não devemos, jamais, subestimá-las. Dos problemas para a nossa saúde aos riscos a nossa privacidade, quase tudo de ruim já podia ser colocado na conta dos teclados dos computadores. Mas não é que os hackers encontram uma forma de ajuda-los a nos prejudicar ainda mais? Os teclados mecânicos, tão barulhentos e desconfortáveis, agora também são capazes de denunciar sonoramente tudo o que estamos teclando, ou seja, os hackers encontraram uma forma de obter nossas informações ouvindo os sons que as teclas fazem quando as tocamos. É o fim!
O nome dessa “novidade” se chama Keytap e foi desenvolvida por Georgi Gerganov. O Keytap é capaz de identificar quais letras estão sendo digitadas simplesmente “ouvindo” o som que respectivas teclas emitem ao serem pressionadas. Todos sabemos que os espiões de teclados (Keyloggers) já existem há muito tempo, mas os keyloggers sempre necessitaram estar instalados nos nossos computadores para poder nos espionar. Desta forma, o funcionamento dos keyloggers também depende de uma certa fragilidade nas defesas dos computadores para poderem passar despercebidos e atuar. Mas o Keytap acaba com a necessidades destas “circunstâncias” por não mais precisar estar dentro de um computador para espionar suas informações – ele é um aplicativo para celulares. O celular portador do Keytap precisa apenas ser deixado nas proximidades do computador da vítima para fazer seu trabalho sem levantar a mais leve suspeita. Como quem não quer nada, ele fica ali ouvindo e registrando tudo o que digitamos.
Em um teste feito pela Techradar, o aplicativo detectou grande parte do que foi digitado o que significa que ele é realmente capaz de obter dados importantes como senhas, nomes e informações relevantes ou confidenciais que sejam digitadas nas suas imediações. Em suas versões anteriores, o aplicativo ainda exigia que o celular ficasse fixo em um local para espionar. Mas sua versão recente também acabou com isso. Mesmo estando em um bolso ou uma bolsa, ele é capaz de bisbilhotar tudo o que se digita nas imediações. Desta forma, crescem as razões para a tecnologia avançar em busca de periféricos de menor risco para a nossa saúde e maior segurança para a nossa privacidade. No entanto, enquanto estas soluções não chegam, redobremos nossa atenção.