São 20 anos de um sucesso estrondoso, um marco que a Microsoft tenta desesperadamente superar. Não haverá outro Windows XP.
Vinte anos depois do seu lançamento, o Windows XP ainda é considerado uma das maiores conquistas da Microsoft e da humanidade. Tanto que, quando seu suporte foi encerrado, em abril de 2009, ele ainda era executado em 75% dos PCs do mundo. Por isso, o encerramento das atualizações de segurança para o público só se deu em 2014 e só no ano retrasado é que elas foram suspensas para as aplicações governamentais e militares. Mas, acredite, ele ainda é usado em milhares de PCs domésticos e, mais ainda, por muitas corporações como no atendimento automatizado ao público em bancos, repartições e no comercio.
O insuperável sucesso do Windows XP decorreu das fantásticas inovações que ele trouxe, Com ele, a Microsoft conseguiu dar ao usuário 1) a possibilidade de usar um mesmo sistema operacional no trabalho (Professional) e em casa (Home), 2) um tema visual inovador, estiloso e prático e 3) um sistema operacional ágil, funcional e robusto. A disseminação do computador pessoal doméstico é devida ao Windows XP. E foi a explosão do Windows XP que fez da Microsoft a gigante que hoje conhecemos. Todo o esforço empreendido pela empresa para criar um produto focado na satisfação do usuário foi acompanhado de uma franca facilitação ao mercado para o desenvolvimento de componentes, softwares e aplicações voltados para o novo sistema. Uma orientação que a empresa perdeu depois e, a despeito de todo o esforço empreendido, não conseguiu mais recuperar.
A Microsoft se agigantou, mas, mesmo exibindo hoje um portfólio diversificado e poderoso, ainda tem no Windows a sua principal vitrine. Os esforços para o desenvolvimento dos seus lançamentos deste ano atestam a isso. Ela voltou a separar seus produtos lançando um sistema voltado para o setor corporativo (O Windows 365) e outro para uso profissional e doméstico (o Windows 11). Embora os lançamentos sejam ambiciosos e revolucionários, o mercado permanece em uma posição cautelosa quanto às novas propostas. É claro que será muito bom para a Microsoft se seus lançamentos se firmarem porque, hoje, a predominância do Windows é devida muito mais a sua ampla aplicação no mercado do que a uma efetiva aprovação dos usuários. Se um novo XP não emplacar em breve, a Microsoft pode vir a ter seu Windows brigando pelo mercado em desvantagem contra a inabalável solidez do IOs e o avanço irreversível do Linux.