Hoje, o RH é peça fundamental para uma empresas se transformar no ambiente agradável e próspero que os talentos almejam para crescer e avançar.
O perfil que hoje conhecemos do trabalhador urbano surgiu com a Revolução Industrial. A partir dela, as pessoas passaram da condição de um mero meio de produção para se tornarem uma das principais forças da produção industrial. Esta mudança determinou que as empresas precisassem de um departamento para cuidar das suas relações com seus empregados surgindo então o Departamento Pessoal. Essa necessidade se multiplicou ao longo do tempo devido ao surgimento dos sindicatos e do arcabouço legal que o tempo costurou para reger as relações entre os trabalhadores e as empresas. Ao longo de todo este tempo o Departamento Pessoal se transformou várias vezes recebendo incontáveis nomes nesta trajetória, todos tentando melhor traduzir um papel que parece nunca estar no esperado lugar. Por isso, ele varia tanto nas empresas, seja no seu nome, seja no seu papel.
Estas dificuldades têm saltado aos olhos neste início de década que tem sido especialmente desafiador para o RH e seus gestores em face das inimagináveis transformações que o trabalho e as relações trabalhistas estão sofrendo. Além de sustentar a sua eterna busca pelo RH ideal, em meio a úma desafiadora transformação digital o setor foi surpreendido pela pandemia cujos impactos lhe impactaram pesadamente. Sem sequer poder tomado um fôlego, já se vê agora sorvido por essa segunda onda produzida pela atual crise econômica global que afeta imensamente às empresas, mas ao trabalhador muito mais.
Mas, então, para onde deve olhar hoje o RH hoje para não ser asfixiado por tantos fatores?
Pessoas
O RH precisa continuar se reinventando, principalmente agora durante este ciclo contínuo de crises. Além de se atualizar, precisa incorporar estas céleres transformações que a tecnologia está causando nas empresas e seus profissionais. E, ainda, alinhar as transformações em curso na empresa ao perfil desse novo profissional em surgimento – um ser em transformação que reformula, profundamente, vários conceitos que eram tidos como imutáveis até há bem pouco tempo.
Recrutamento
O recrutamento está se tornando uma tortura porque as pontas não estão se “enxergando” e o RH não está mediando isso muito bem. Embora seja esperado que um departamento especifique detalhadamente o perfil do profissional necessitado, os departamentos não são capazes de considerar nas suas projeções uma série de “fatores externos” que só o RH pode ponderar ajustando adequadamente a expectativa existente. Pelo outro lado, por mais contraditório que isso possa parecer, hoje um convite precisa ser muito bem elaborado (processo, ganho, benefícios e carreira) para atrair e reter um imenso número de profissionais, principalmente em se tratando de talentos.
Equipe
As empresas precisam muito mais do RH nestes dias. E não só para elas apenas, para seus times também. Este desafio começa na preparação e condução dos processos admissionais. O RH precisa ter sensibilidade e conhecimentos imprescindíveis para identificar eventuais ajustes ou correções necessárias para melhorar as chances de sucesso nas contratações efetuadas. Na outra ponta, seu termômetro deve “sentir” o mercado previamente para articular a captação de modo a otimizar seu esforço e as suas chances de sucesso. Neste sentido, é imprescindível também delinear o escopo das características e habilidades de segundo e terceiro plano que qualificarão as escolhas feitas e reduzirão o indesejável turnover. Para a equipe, o RH precisa ser um poderoso motor da competência profissional e da sadia competitividade funcional. E deve, ainda, ser capaz de antecipar as mudanças que permitirão à empresa se transformar como um todo, valorizando os seus e obtendo prioritariamente através deles os recursos que necessitar para crescer e evoluir.
Contratando assertivamente, apoiando o time e antecipando-se às mudanças, o RH cumpre seu crucial papel de cuidar adequadamente do ativo mais importante das empresas – suas pessoas.
