Controverso, desafiador, disruptivo e transformador, o 5G já é mais um divisor a distanciar os países desenvolvidos das demais nações.
Aos poucos, o 5G vai abrindo seu espaço pelo mundo. A tecnologia inaugura uma nova era – a do “tudo conectado”. Vale lembrar que a chegada do atual 4G já havia acomodado um crescimento de vinte vezes no tráfego global de dados móveis. O investimento resultou em uma internet rápida a preços acessíveis, desenvolveu negócios e impulsionou a economia. Mas essa capacidade se esgotou e precisa ser substituida. O 5G chega para dar vazão a uma demanda por trafego de dados veloz e ilimitado. Mas ele é algo disruptivo, suas possibilidades tecnológicas são inimagináveis. Todo esse poder traz tambem desafios. Vejamos quais são:
Infraestrutura
5G utiliza as frequências de transmissão mais altas, mas elas possuem um alcance menor do que as do 4G. Por isso, sua instalação pode exigir o reposicionamento de toda a rede de torres para a perfeita cobertura do espaço atendido. Entretanto, também será preciso substituir o cabeamento de dados, o de energia e, é claro, os transmissores e as antenas. O volume destas mudanças e seus respectivos investimentos, faz prever que haverá um sensível intervalo de tempo até que o 5G cubra o espaço onde hoje temos presente o 4G.
Investimentos
As possibilidaes do 5G devem incrementar progressivamte faturamento das operadoras e promover um célere desenvolvimento das áreas atendidas. Temos, então, uma convergência de interesses pela melhoria o que deve atrair o capital, público e privado, para estas iniciativas. Porém, estes investimentos serão vultuosos o que escalonará a captação destes recursos. Tudo indica que haverá um direcionamento destes investimenos iniciais para as áreas mais adensadas e demandantes.
Mercado
O quadro acima exposto permite supor que o custo do 5G para o usuário será superior ao do 4G. Para alguns, de tal forma que uma retração deve ser esperada. A questão é saber onde esse recuo chegará a compometer o retorno necessário para o investimento. Por isso, em muitos países, o estado tem criado políticas, tanto para participar do financiamento da implantação da tecnologia quanto para acessibilizar o custo da sua utilização.
Retorno
Com o 5G os provedores poderão expandir seu portfólio de produtos e serviços crescendo sua receita e reduzindo os prazos para seu retorno do investimento. Algumas oportunidades potenciais já são experimentadas:
SERVIÇOS PARA O LAR – As operadoras poderão oferecer integração multimídia, diversão e lazer, segurança de rede e gerenciamento de ecossistemas digitais domésticos envolvendo dispositivos computacionais, de comunicação, eletroeletrônicos, segurança domiciliar, etc.
PORTFÓLIO – Empresas como provedores de serviços de comunicação, de diversão ou lazer via streaming, conglomerados financeiros, instituições da ciência e da pesquisa e organismos de estado poderão firmar parcerias com as operadoras alcançando eficiência operacional, foco tecnológico, redução de custos, melhoria da qualidade e agilidade.
PARCERIAS – Novos modelos de infraestrutura compartilhada deverão surgir entre os provedores reduzindo o custo e encurtando os prazos para expansão da cobertura. A possibilidade de alugar, intercambiar e permutar recursos permitira às operadoras otimizar a operação dos ativos e avançar mais rapidamente rumo às bordas da malha.
Os desafios são expressivos, mas não podem obstruir esta virada digital que tem tudo para nos levar a uma nova realidade tecnológica rendendo frutos de enorme significado e valia para toda a humanidade. Onde o capital privado não tiver fôlego para a empreita, que o estado assuma seu papel e evite que o abismo que já separa os hemisférios não se agigante ainda mais.