Para que superemos o cibercrime será fundamental que todos tomemos consciência da dimensão do risco ao qual estamos expostos hoje.
É perceptível o crescimento de um inconformismo entre as pessoas, os gestores e até entre as autoridades diante do absurdo grau de agressividade e impunidade ostentado pelo cibercrime. Assim, como antecipado em nossa postagem de 28/06 (Destino Incerto), traçaremos nesta postagem um panorama da atual situação do risco cibernético para nós e para nossas empresas. Na sexta encerraremos este panorama vendo o que há de novo no enfrentamento deste difícil momento.
- Pessoas
Já faz muito tempo que o computador de casa deixou se ser um objetivo final para os hackers o que, infelizmente, não é uma boa notícia para o usuário doméstico. Agora nossos PCs são priorizados como veículos para propósitos muito mais ambiciosos como escravos em redes globais de computadores zumbis com enorme poder computacional utilizadas pelos hackers para ataques maciços contra megacorporações. Ser prudente no uso do computador e manter seus softwares e proteções atualizadas pode ainda não ser garantia de uma proteção total, mas reduzirá enormemente o risco de se vir a se tornar uma vítima do cibercrime ou, pior, seu parceiro em ações criminosas.
- Empresas
As empresas passam por um momento complicado graças ao crescente poder do risco habilmente arquitetado pelo cibercrime. Desde a chegada do ransomware, elas não tiveram mais sossego. São quatro anos de ataques bem-sucedidas acumulando ganhos que já ultrapassam a estratosfera. A vulnerabilidade é tamanha que o problema chegou ao estado que se viu obrigado a engajar-se na luta quando as megacorporações passaram a ser as vítimas potenciais. Embora esperemos que esta significativa adesão represente alguma intimidação contra a ousadia dos hackers, não podemos nos esquecer que o risco digital é, predominantemente, estrutural. O cibercrime conta com equipes despreparadas, segurança da informação inconsistente, recursos defensivos frágeis e falhos e sistemas e aplicações vulneráveis para lograr suas conquistas. Sem resolver isso, as empresas permanecerão expostas.