Se desatrelarmos nossa jornada pessoal das mudanças que ocorrem neste momento, certamente nos excluiremos do novo mundo que delas surgirá.
Refletindo o momento que atravessamos, Clima Organizacional, Liderança Compassiva, Softs Skills e Comunicação não violenta têm sido temas frequentes em nossas postagens. E isso, não apenas por serem eles pontos importantes para nós, elas são questões importantes para o mundo, para o mundo corporativo, inclusive. O elemento que permeia todos eles e os conecta destacadamente é a comunicação. Habilidade, hoje, bastante defasada, inclusive entre muitas das pessoas que se dizem “ligadas” às demandas acima citadas.
Todos nós sabemos que a essência da comunicação está no ouvir e no interpretar. Quem faz bem estas duas coisas, não tem dificuldades em se postar e comunicar positivamente, construtivamente. Os bons ouvintes quase sempre são boas companhias, bons decisores, agregadores e motivadores, aspectos hoje fundamentais para o positivo exercício da Liderança Construtiva – a autoridade do autoritário está em franca desvalorização.
O curioso é que ser bom ouvinte nem é algo tão exigente assim. Uma audição bem sucedida depende de atitudes acessíveis e simples como podemos perceber através dos pontos abaixo citados:
Ouça
– Bons ouvintes costumam ceder a palavra antes de se manifestar e conhecer a(s) opinião(ões) dos outros antes de expor a sua qualificando, assim, as ideias que propõe.
Observe
– É sabido que a comunicação não verbal pode ser responsável por até 90% das informações que transmitimos quando falamos. Por isso, expandir nossa atenção ao gestual do interlocutor enriquece substancialmente o entendimento daquilo que ele fala. Tanto reafirmando-se quanto contradizendo-se. Muitas vezes, são estas informações gestuais que orientarão, de fato, as nossas mais importantes decisões.
Aprenda
– Dê real atenção ao que os outros dizem e pergunte sobre o que não estiver certo de haver compreendido. Fazer perguntas expande nosso entendimento das coisas, orienta nossas ideias e direciona as nossas propostas. Este exercício nos torna mais amigáveis aos argumentos dos contrários e receptíveis a ideias que, ao ignorarmos, nos privam de possibilidades interessantes ou, até, melhores que as nossas.
Certifique-se
– A presunção é a mãe da confusão. Sempre repita para seu interlocutor aquilo que de importante você o entendeu pronunciar. Ao final da conversa elencando as conclusões que você alcançou sobre o diálogo havido. Assim você evitará equívocos provocados por suposições enganosas ou conclusões tendenciosas.
Seja empático
– Concordar é bom, mas nem sempre é possível. Nestas situações, uma postura empática favorece enormemente a condução do diálogo e a qualidade das suas conclusões, principalmente quando o diálogo envolver perspectivas conflitantes. É esse espírito capaz de fazer com que o ponto de vista de um possa ser francamente acatado por todos, principalmente pelos defensores das opiniões vencidas.
Portanto, agora para alcançarmos resultados positivos e concretos na nossa vida pessoal e profissional, precisaremos nos dirigir a todos com atenção, dignidade, respeito e cuidado. Certamente, serão abundantes os frutos para aqueles que plantarem em si e nos outros esta promissora evolução.