Gradativamente, a vinda do 5G para o Brasil também se transforma em um preocupante percalço na retomada do nosso desenvolvimento.
O 4G é uma tecnologia madura e presente em todo o globo. Ajudou imensamente a disseminar a mobilidade que hoje desfrutamos, mas já não esconde os sinais da sua obsolescência. Basicamente, ela está relacionada às limitações decorrentes da sua baixa taxa de transmissão. Esta lentidão inviabiliza o atendimento de demandas hoje bastante comuns como videoconferências em alta definição e os protocolos de comunicação aplicados para a Internet das Coisas. Mas, foram as transformações que a pandemia provocou no trabalho que determinaram ser urgente a sua aposentadoria. Isso, além de colocar em dia a necessária agilidade e eficiência da comunicação digital, abrirá portas para uma comunicação mais inovadora, responsiva e integrada.
Mais que aguardada, a ausência do 5G já se coloca como um gargalo tecnológico nos países onde ainda não se faz presente, o Brasil é um deles. Nossa situação se mostra especialmente preocupante por conta dos inúmeros percalços já ocorridos, sem que o Leilão ainda sequer esteja definido e agendado. E, esta semana, foi a vez das operadoras se pronunciarem sobre a situação. Para elas, se a Huawei for impedida de participar da licitação, ou mesmo se não a vencer, os custos para as mudanças que serão necessárias se tornarão proibitivos – a chinesa já detém quase que a totalidade da rede nacional o que favoreceria imensamente o prazo e o custo do upgrade. Além disso, caso o fornecedor seja outro, a agenda de implantação triplicaria e a amortização do investimento elevaria a tarifa para o usuário em até 8x. Diante de tudo isso, podemos contar que também chegaremos atrasados a este novo limiar tecnológico que já é o 5G.