Deloitte revela o transformador perfil, do líder que profissinoais de hoje esperam ter para chamar de seu: Humano, autêntico, transparente.
No final da década de 90 fui convidado para uma entrevista profissional por uma instituição de ensino da região. Quando descobri que a posição em questão era a de CIO, questionei se não tratava de algum engano, pois, em tese, eu não detinha os conhecimentos exigiveis para a função. A resposta só me foi dada quando da minha contratação – a TI da instituição estava muito bem amparada tecnincamente, mas carecia de uma liderança. Aquela foi uma experiencia que me ensinou, sobremaneira, a amplitude dos requisitos que um lider precisa deter para o desempenho do seu papel.
Esta semana, a Consultoria Delloit publicou o resultado de uma pesquisa global sobre as mudanças que a pandemia está provocando na imagem e perfil do lider. Um líder hoje, de qualquer nível de senioridade que seja, deve ser capaz de exercitar com equilibrio tanto características tecnicas quanto humanas. As principais características hard power requisitadas foram – ser trabalhador (68%) e ser confiante (58%). Já os elementos do soft power priorizados foram – ser comunicativo (71%), ser flexível (58%) e ser paciente (53%). A pesquisa ainda detectou esas três importantes expectativas:
- Os entrevistados afirmaram esperar que a liderança esteja pronta para acompanhar as mudanças e apta para assimilar as novas demandas que delas virão.
- As organizações poderão realizar mais se se tornarem mais inclusivas. Para muitos, uma cultura inclusiva é um poderoso indicador de vitalidade e engajamento.
- Os três principais aceleradores apontados como cruciais para o crescimento das carreiras foram a aceitação, a proteção e a autenticidade.
- Os entrevistados deixaram claro que desejam que seus líderes sejam mais transparentes (47%), autênticos (50%) e humanos (53%).
- Os líderes precisam ser mais humanos e humildes. Saber lidar com dificuldades e assumir erros e responsabilidades diante da equipe será algo extremamente importante e melhorará expressivamente o comprometimento, a sinergia e o engajamento dos profissionais.
Esta constatação é importante pois revela uma clara expectativa de que os superiores sejam menos chefes e mais líderes. Resta saber se as forças que formulam as exigências que os líderes hoje recebem também se interessarão por este novo futuro.
